Circulou um texto no Whats App, associando a vitamina D a diminuição de risco de contrair o COVID-19. Este texto teria sido escrito por dois pesquisadores italianos da Universidade de Turim, e não pode ser considerado um estudo cientifico, pois apenas citam diversas referencias sem nenhuma metodologia ou critério especifico. Outro ponto importante para olharmos com mais atenção este texto, é que os autores recebem financiamento da Bio-Tech Pharmacal, uma empresa produtora de Vitamina D.
Só para vocês terem uma ideia o mercado desta vitamina movimentou em 2019 mais de 1 bilhão de dólares, diversos pesquisadores e estudos são financiados por esta indústria, temos que ter senso crítico e noção de metodologia, para diferenciar artigos bons e ruins.
A vitamina D é responsável pela manutenção das concentrações de cálcio e fósforo no organismo, secreção de insulina, síntese e secreção de hormônios da tireoide e paratireoide, diferenciação de células precursoras de monócitos e modulação da proliferação celular.
Concentração adequada de 25(OH)D no soro é de: > 30 nmol/L. Pensando no esporte alguns estudos demonstram que níveis ADEQUADOS de Vitamina D, estão relacionados com aumento de força, consequentemente de performance, além de ter relação com a imunidade.
Obtemos a Vitamina D através da luz solar ou da alimentação. As principais fontes alimentares de vitamina D são óleo de fígado de peixe, derivados do leite, e ovos. No entanto a quantidade que sintetizamos na pele é mais significante do que a conseguida pela alimentação.
Nível ADEQUADO de Vitamina D (não quer dizer alto) como de outras vitaminas, são importantes para saúde em geral, não adianta tomar 500.000UI de Vitamina D por dia, e achar que ficará imune ao COVID-19, não existe nenhum estudo até o momento neste sentido. Se você tem DEFICIÊNCIA de Vitamina D ou de outra vitamina, é interessante avaliar a necessidade de suplementação, pela manutenção de saúde como um todo, a quantidade e indicação é individual, e a avaliação cabe a seu médico ou nutricionista.